quarta-feira, 16 de março de 2011

MODERNO SUJEITO

Quando o homem deixou de ser homem

E máquina se tornou

O seu eu virou o ser, que se produtalizou

Que dos livros seu passado apagou

Na memória só mais um ator.

Do palco que não lhe pertence.

Mas, pago para sentir alegria e dor.

Dor do futuro no passado ancorado no valor.

Das veias que não transportam

Nem ódio nem amor.

Dinheiro se planta no cérebro

Aduba-se com neurônios, e super neurônios, e mega neurônios.

E floresce, frutifica e aprodece a vida

O mundo é dos desumanos que com demasia

As vidas blindam em taças

Delirando em sua sanidade contemplando o des-existir

Padecem os que são homens.

Humano nunca mais.

O ser que se projeta nem é deus e nem diabo.

Existe muito e nunca vive.

Sabe lá o que não é.

E é o que nunca percebeu.

Animal não pode ser, já foi e nunca mais será

O animalesco é mais humano,

O ser de hoje é muito pior

Linosapo

Cachoeira do sapo/RN

Nenhum comentário:

Postar um comentário