Quando o homem deixou de ser homem
E máquina se tornou
O seu eu virou o ser, que se produtalizou
Que dos livros seu passado apagou
Na memória só mais um ator.
Do palco que não lhe pertence.
Mas, pago para sentir alegria e dor.
Dor do futuro no passado ancorado no valor.
Das veias que não transportam
Nem ódio nem amor.
Dinheiro se planta no cérebro
Aduba-se com neurônios, e super neurônios, e mega neurônios.
E floresce, frutifica e aprodece a vida
O mundo é dos desumanos que com demasia
As vidas blindam em taças
Delirando em sua sanidade contemplando o des-existir
Padecem os que são homens.
Humano nunca mais.
O ser que se projeta nem é deus e nem diabo.
Existe muito e nunca vive.
Sabe lá o que não é.
E é o que nunca percebeu.
Animal não pode ser, já foi e nunca mais será
O animalesco é mais humano,
O ser de hoje é muito pior
Linosapo
Cachoeira do sapo/RN
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