Não é o caminho que decide a direção
Mas, a direção que faz o caminho.
Assim, te entrego meu amor com carinho.
Porque é o que pede meu coração
E como dois pássaros construindo o ninho
Faço de seus lábios minha devoção
E por teu olhar prostro-me em oração
E teus sorrisos consumo feito vinho
Para nos teus braços longe poder chegar
Eternamente viajante dessa paixão
Doando-me cada vez mais pra te amar
Tudo em nome dessa nobre emoção
Do teu lado encontro meu lugar
E assassino outra vez a solidão
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Banquete dos Zés
Canudo ligando fruto e boca
E a água sugada era o assassino
Testemunhou meus olhos de menino
O Escudo de minha barriga oca
A sede alheia era nossa companheira
Cúmplice da fome a nos torturar
O palco, o comércio da dona do bar.
Reuníamos numa algarobeira
Os cocos bebidos rolavam pro lixo
Jogado por um consumidor qualquer
Disputados por donos de buchos vazios
Tornava um banquete pra tanto Zé
Armados de tampinhas de garrafas
Partíamos o coco, almoçávamos com fé.
E a água sugada era o assassino
Testemunhou meus olhos de menino
O Escudo de minha barriga oca
A sede alheia era nossa companheira
Cúmplice da fome a nos torturar
O palco, o comércio da dona do bar.
Reuníamos numa algarobeira
Os cocos bebidos rolavam pro lixo
Jogado por um consumidor qualquer
Disputados por donos de buchos vazios
Tornava um banquete pra tanto Zé
Armados de tampinhas de garrafas
Partíamos o coco, almoçávamos com fé.
FRIEZA DA ALMA
A frieza não é irmã da solidão
Muito menos filha da hipocrisia
Também não é a mãe da heresia
Nem a senhora da ingratidão
É arma seduzida pela razão
Que penetra vidas sem vidas
Fazendo do estante sua guarida
Abolindo-se da amiga emoção
Com suas garras fere na entranha
E muda a forma de um ser
A alma ferida sente-se estranha
Sem saber como vai proceder
Em silêncio contempla a façanha
Quer preciso pra alguém entender
Muito menos filha da hipocrisia
Também não é a mãe da heresia
Nem a senhora da ingratidão
É arma seduzida pela razão
Que penetra vidas sem vidas
Fazendo do estante sua guarida
Abolindo-se da amiga emoção
Com suas garras fere na entranha
E muda a forma de um ser
A alma ferida sente-se estranha
Sem saber como vai proceder
Em silêncio contempla a façanha
Quer preciso pra alguém entender
Rotina de Famingerados
Lembro-me de minha rotina e meus sonhos, acordava as 6:oo da manhã ia para o casulo, antes comia aquele escaldado de leite com farinha ou uma farofa de óleo feita com colorau e cebolinha acompanhada de um café de Bajé de algaroba adoçado com rapadura, porque o açúcar acabara. Ao voltar tinha feijão com farinha pra comer fazendo macaco, com piaba assada ou preá torrado, mas disso eu já tava abusado, minha mãe então trazia leite pra eu comer com jerimum, mas eu também não queria e me amuava, e ela usava sempre a expressão: “o comer dos amuados, engorda os enjeitados” e dava meu comer pra outro.
Eu queria outra coisa, queria picado ou buchada, e quando via que não conseguia começava a chorar, até que ela vinha me adular com farinha com açúcar ou ximbel, no entanto, minha raiva não deixava eu aceitar, então ia pra casa dos meus amigos e lá comia batata assada ou puxa-puxa de rapadura. Às vezes, quando as coisas tavam boas na casa do vizinho, comia fubá de farinha de milho ou doce de Bajé de algaroba, mas quando não tinha nada, pegava minha baladeira e ia pro mato, lá eu comia incor ou gogoia.
De tarde quando voltava minha mãe fazia beijú no caco com farofa de leite para o lanche vespertino. Quando à noite chegava o quarenta já tava na panela, mas o fogo que fumaçava ainda estava preparando o café do meu pai pra ele levar pro minério, era um pão de milho feito numa cuscuzeira de barro todo enrolada num pano. Só que eu e minhas irmãs queríamos angu de xérem, o quarenta era salgado e a gente não gostava.
Minha mãe sempre boazinha dizia: amanhã eu faço baião de dois, e assim nossa vida seguia. Nos finais de semana as coisas mudavam, no café tinha bolacha, para o almoço, as vezes quando tinha, minha mãe matava uma galinha e minhas irmãs já preparavam o cozinhado das tripas da penosa. A noite tinha cuscuz com coalhada, mas minha mãe ainda fazia uma cabeça de galo pra meu pai que chegava bêbado, e assim era nossa vida, só mudava nas farturas de milho e feijão, nesse tempo a briga era pra rapar o caldeirão da canjica, a pamonha dava um bucho inchado danado, mas eu não parava de comer, era tempo de mungunzá, de feijão verde com maxixe e quiabo na panela, de bucho realmente cheios.
Eu queria outra coisa, queria picado ou buchada, e quando via que não conseguia começava a chorar, até que ela vinha me adular com farinha com açúcar ou ximbel, no entanto, minha raiva não deixava eu aceitar, então ia pra casa dos meus amigos e lá comia batata assada ou puxa-puxa de rapadura. Às vezes, quando as coisas tavam boas na casa do vizinho, comia fubá de farinha de milho ou doce de Bajé de algaroba, mas quando não tinha nada, pegava minha baladeira e ia pro mato, lá eu comia incor ou gogoia.
De tarde quando voltava minha mãe fazia beijú no caco com farofa de leite para o lanche vespertino. Quando à noite chegava o quarenta já tava na panela, mas o fogo que fumaçava ainda estava preparando o café do meu pai pra ele levar pro minério, era um pão de milho feito numa cuscuzeira de barro todo enrolada num pano. Só que eu e minhas irmãs queríamos angu de xérem, o quarenta era salgado e a gente não gostava.
Minha mãe sempre boazinha dizia: amanhã eu faço baião de dois, e assim nossa vida seguia. Nos finais de semana as coisas mudavam, no café tinha bolacha, para o almoço, as vezes quando tinha, minha mãe matava uma galinha e minhas irmãs já preparavam o cozinhado das tripas da penosa. A noite tinha cuscuz com coalhada, mas minha mãe ainda fazia uma cabeça de galo pra meu pai que chegava bêbado, e assim era nossa vida, só mudava nas farturas de milho e feijão, nesse tempo a briga era pra rapar o caldeirão da canjica, a pamonha dava um bucho inchado danado, mas eu não parava de comer, era tempo de mungunzá, de feijão verde com maxixe e quiabo na panela, de bucho realmente cheios.
Tremedeira com amor nas Terras da Pedra Preta/RN
Cumpade, cumpade, cumpade
Te escrevo com certa aflição
As coisas puraqui ta preta
Como o nome faz menção
Nossa terrinha da perigando
Anda meio tremilicando
Precisamo duma benção
A bicha deu pra tremer
Preocupando a população
Num tem hora e nem lugar
De começar o tremorzão
Já foi noticias nos jornais
Numa materiais especiais
Essa nossa situação
Dizem os entendidos do caso
Que é um fenômeno rotineiro
Vem duma falha geológica
Que tem no RN inteiro
Mai em nossa pedra preta
A coisa é mais imperfeita
Que nem fumo de brejeiro
Já ta pra riba de seiscentos
Tremores que aconteceu
Os primeiros foram os piores
Até casas comprometeu
O barulho foi muito alto
Quase morro dum infarto
Com o pipoco que deu
Foi numa quinta feira à noite
Mais ou menos vinte horas
Um dos maiores que já vi
Recordo-me como fosse agora
O balanço que se propagou
Foi tanto que a luz apagou
E eu corri descalço e sem demora
Sebastiana de ontonhe tito
Tava preparando uma buchada
Quando sentiu o tremor
Saiu numa desbanguelada
Arrancou a porta da frente
Pro meio da rua foi derrepente
Chega tava amarelada
Cumpade Severino de zé
Tava um banho tomando
Quando a água começou a falhar
As janelas todas se tocando
Nem pensou no que aconteceu
Correu nu do jeito que nasceu
E ninguém ficou olhando
Uma porca parida fez carreira
Em rumo da antiga estação
Subiu por cima do mirante
Atropelando um cidadão
Era o coitado dum prefeito
Que tentou de todo jeito
Se livrar de tal situação
Um pé de goiaba cabaço
Que tava toda infrutada
Caiu inté os últimos frutos
Que ficou desenroupada
As frutas tudinha no chão
Os galhos tremendo feito pendão
E ao redor a terra toda rachada
Chiquinha de Mané da pia
Que tava na maca pra parir
Quando escutou o estampido
Fez inficapé pra sair
Derrubando duas enfermeiras
Deixou a calçola na esteira
O minino teve que reengolir
Na delegacia foi tumultão
Sem saber o que acontecia
O sargento deu um pulo
Com preteza e maestria
Deu de garrra da escopeta
Pensou que fosse o capeta
Que a prisão invadia
O padre tava na missa
Bem na hora da comunhão
Quando ia beber o vinho
Derramou metade no chão
Manchou toda a batina
Os sapatos e inté sivirina
Com o abalo que lhe fez tremer a mão
Um pastor estava no culto
E de suas ovelhas a cuidar
Quando viu toda à igreja
Balançando pra desabar
Pensou ser o arrebatamento
Agora vai ser o momento
Que Jesus vem nos buscar
Na casa de Chico de zefa
Um defunto tavam a velar
Quando o tremor começou
O povo começa se apavorar
O defunto logo se mexeu
Inté a viúva correu
E o morto ficou a se balançar
Francisca fia de Mané de zeca
Não teve o que fazer
Quando ouviu os tremores
Pensou logo em se socorrer
Juntou-se com o namorado
O caba também tava desesperado
Com medo de solteiro morrer
Mezinho, meiota e pitú
Tavam uma latinha terminando
Quando viram a terra tremer
Ficaram os três gritando
Ou cachaça boa da gota
Eu quero é logo outra
Que o mundo inteiro ta girando
A professora lá do Gercina
Ficou pra desmaiar
As janelas todas vibravam
E as telhas a se balançar
Os alunos fizeram carreira
Ficou a professora e as carteiras
Porque as pernas não pode deixar
Teve uma tal de psicóloga
Que foi um caso especial
Tava com dona Francelina
Querendo levantar seu astral
Mas no momento do sufoco
Se mijou, chorou, rezou um pouco
E se mandou logo pra natal
A reporte da televisão
Que Laurionita tava a entrevistar
Na hora do triste aperreio
Só restou as duas a se abraçar
Caíram e saíram bolando
Gritando, chorando e esperneando.
Alguém venha nos ajudar
Cumpade a praça e as calçadas
Agora viraram dormitório
E as carrocerias de caminhão
Também é algo satisfatório
Mais a coisa já passou
Até o povo já se acostumou
Voltaram pras casas e pros escritórios
Mai cumpade, cumpade, cumpade
Bom mesmo foi pra Prear
Vendeu todas as velas que tinha
Já disse que outra comanda vai comprar
Aqui foi tanta da promessa
Ainda vão fazer outra remessa
Pra ver se os santos vão ajudar
Adispois disso na igreja
Em Toda missa ta lotada
É tanta da confissão
De gente desesperada
Antevilda foi se confessar
Disse que o filho é de Tatá
É que não sabe mais de nada
Mais não há nada ruim
Que não traga algo bom
Depois que o povo se acostumou
Em escutar do tremor o tom
Não dorme antes de ouvir
Ou mesmo de o sentir
Hoje chegar ser um dom
A meninada agradece
Nas redes a se balançarem
Quando não tem um
Não conseguem adormecerem
Passam à noite acordados
Esperando o balançado
Que os tremores favorecem
Mas o melhor foi pros casais
Na horinha do chamegar
É só se deitar na cama
E deixar ela se balançar
Você sai sem nenhum cansaço
Massageia o espinhaço
Prontinho pra trabalhar
Cumpade venha depressa
Sei que já não tem tanto vigor
Com os tremores de pedra preta
Você deixa de ser sofredor
E na velha arte do amar
Sua senhora vai gostar
E que nem eu vira um doutor
Te escrevo com certa aflição
As coisas puraqui ta preta
Como o nome faz menção
Nossa terrinha da perigando
Anda meio tremilicando
Precisamo duma benção
A bicha deu pra tremer
Preocupando a população
Num tem hora e nem lugar
De começar o tremorzão
Já foi noticias nos jornais
Numa materiais especiais
Essa nossa situação
Dizem os entendidos do caso
Que é um fenômeno rotineiro
Vem duma falha geológica
Que tem no RN inteiro
Mai em nossa pedra preta
A coisa é mais imperfeita
Que nem fumo de brejeiro
Já ta pra riba de seiscentos
Tremores que aconteceu
Os primeiros foram os piores
Até casas comprometeu
O barulho foi muito alto
Quase morro dum infarto
Com o pipoco que deu
Foi numa quinta feira à noite
Mais ou menos vinte horas
Um dos maiores que já vi
Recordo-me como fosse agora
O balanço que se propagou
Foi tanto que a luz apagou
E eu corri descalço e sem demora
Sebastiana de ontonhe tito
Tava preparando uma buchada
Quando sentiu o tremor
Saiu numa desbanguelada
Arrancou a porta da frente
Pro meio da rua foi derrepente
Chega tava amarelada
Cumpade Severino de zé
Tava um banho tomando
Quando a água começou a falhar
As janelas todas se tocando
Nem pensou no que aconteceu
Correu nu do jeito que nasceu
E ninguém ficou olhando
Uma porca parida fez carreira
Em rumo da antiga estação
Subiu por cima do mirante
Atropelando um cidadão
Era o coitado dum prefeito
Que tentou de todo jeito
Se livrar de tal situação
Um pé de goiaba cabaço
Que tava toda infrutada
Caiu inté os últimos frutos
Que ficou desenroupada
As frutas tudinha no chão
Os galhos tremendo feito pendão
E ao redor a terra toda rachada
Chiquinha de Mané da pia
Que tava na maca pra parir
Quando escutou o estampido
Fez inficapé pra sair
Derrubando duas enfermeiras
Deixou a calçola na esteira
O minino teve que reengolir
Na delegacia foi tumultão
Sem saber o que acontecia
O sargento deu um pulo
Com preteza e maestria
Deu de garrra da escopeta
Pensou que fosse o capeta
Que a prisão invadia
O padre tava na missa
Bem na hora da comunhão
Quando ia beber o vinho
Derramou metade no chão
Manchou toda a batina
Os sapatos e inté sivirina
Com o abalo que lhe fez tremer a mão
Um pastor estava no culto
E de suas ovelhas a cuidar
Quando viu toda à igreja
Balançando pra desabar
Pensou ser o arrebatamento
Agora vai ser o momento
Que Jesus vem nos buscar
Na casa de Chico de zefa
Um defunto tavam a velar
Quando o tremor começou
O povo começa se apavorar
O defunto logo se mexeu
Inté a viúva correu
E o morto ficou a se balançar
Francisca fia de Mané de zeca
Não teve o que fazer
Quando ouviu os tremores
Pensou logo em se socorrer
Juntou-se com o namorado
O caba também tava desesperado
Com medo de solteiro morrer
Mezinho, meiota e pitú
Tavam uma latinha terminando
Quando viram a terra tremer
Ficaram os três gritando
Ou cachaça boa da gota
Eu quero é logo outra
Que o mundo inteiro ta girando
A professora lá do Gercina
Ficou pra desmaiar
As janelas todas vibravam
E as telhas a se balançar
Os alunos fizeram carreira
Ficou a professora e as carteiras
Porque as pernas não pode deixar
Teve uma tal de psicóloga
Que foi um caso especial
Tava com dona Francelina
Querendo levantar seu astral
Mas no momento do sufoco
Se mijou, chorou, rezou um pouco
E se mandou logo pra natal
A reporte da televisão
Que Laurionita tava a entrevistar
Na hora do triste aperreio
Só restou as duas a se abraçar
Caíram e saíram bolando
Gritando, chorando e esperneando.
Alguém venha nos ajudar
Cumpade a praça e as calçadas
Agora viraram dormitório
E as carrocerias de caminhão
Também é algo satisfatório
Mais a coisa já passou
Até o povo já se acostumou
Voltaram pras casas e pros escritórios
Mai cumpade, cumpade, cumpade
Bom mesmo foi pra Prear
Vendeu todas as velas que tinha
Já disse que outra comanda vai comprar
Aqui foi tanta da promessa
Ainda vão fazer outra remessa
Pra ver se os santos vão ajudar
Adispois disso na igreja
Em Toda missa ta lotada
É tanta da confissão
De gente desesperada
Antevilda foi se confessar
Disse que o filho é de Tatá
É que não sabe mais de nada
Mais não há nada ruim
Que não traga algo bom
Depois que o povo se acostumou
Em escutar do tremor o tom
Não dorme antes de ouvir
Ou mesmo de o sentir
Hoje chegar ser um dom
A meninada agradece
Nas redes a se balançarem
Quando não tem um
Não conseguem adormecerem
Passam à noite acordados
Esperando o balançado
Que os tremores favorecem
Mas o melhor foi pros casais
Na horinha do chamegar
É só se deitar na cama
E deixar ela se balançar
Você sai sem nenhum cansaço
Massageia o espinhaço
Prontinho pra trabalhar
Cumpade venha depressa
Sei que já não tem tanto vigor
Com os tremores de pedra preta
Você deixa de ser sofredor
E na velha arte do amar
Sua senhora vai gostar
E que nem eu vira um doutor
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
RIO IMPESCÁVEL
Rio grude dos Alves
Rio grude dos Maias
Rio grude das Rosas
Rio grude dos Farias
Ri da grade dos Fortes
No rio grande da sorte
Correnteza gigante de corte
Lama do rio greve do norte
Povo!! Poste, Vote, grite, aposte.
Entre no curral, coloque sua marca e seu cabresto.
Do cândido.
Do divino da mata.
Do conjunto das cinco pétalas.
Do futuro do pretérito do verbo fazer.
Construam um rio de grito de morte.
Oh deus! Que povo forte sem sorte.
Comedores de camarões.
Salvemos nossos peixes, nossa terra e água.
Não poluamos daqui pra frente
Deem norte grande ao Rio.
Rio grude dos Maias
Rio grude das Rosas
Rio grude dos Farias
Ri da grade dos Fortes
No rio grande da sorte
Correnteza gigante de corte
Lama do rio greve do norte
Povo!! Poste, Vote, grite, aposte.
Entre no curral, coloque sua marca e seu cabresto.
Do cândido.
Do divino da mata.
Do conjunto das cinco pétalas.
Do futuro do pretérito do verbo fazer.
Construam um rio de grito de morte.
Oh deus! Que povo forte sem sorte.
Comedores de camarões.
Salvemos nossos peixes, nossa terra e água.
Não poluamos daqui pra frente
Deem norte grande ao Rio.
Declaração (In) Visível
Quando seu rosto se torna meu quadro negro
E meus dedos o lápis e o giz a rabiscá-lo
Confesso meus sentimentos sem segredos
Apenas cincos letras preciso para expressá-lo
Escrevo em linhas tortas uma frase invisível
Com duas consoantes e três vogais
Algo tão belo, puro, forte e indivisível.
Rabiscos que simboliza o ápice dos mortais
Compatível com a grandeza do criador
Que o ser amado nunca consegue ver
Apenas senti-lo em todo seu fervor
Que o amante proporciona em seu viver
No teu rosto uma poesia feita de amor
Em tão poucas letras tudo que sinto por você
E meus dedos o lápis e o giz a rabiscá-lo
Confesso meus sentimentos sem segredos
Apenas cincos letras preciso para expressá-lo
Escrevo em linhas tortas uma frase invisível
Com duas consoantes e três vogais
Algo tão belo, puro, forte e indivisível.
Rabiscos que simboliza o ápice dos mortais
Compatível com a grandeza do criador
Que o ser amado nunca consegue ver
Apenas senti-lo em todo seu fervor
Que o amante proporciona em seu viver
No teu rosto uma poesia feita de amor
Em tão poucas letras tudo que sinto por você
DOIS JUMENTOS: EU E O BURRO
O ontem celebrou nossa união
Quando necessitávamos da parceria
Para labuta fomos com alegria
Cumprindo nossa infeliz missão
A seca nos fazia carne e unha
Em troca d’água e eu te dava milho
Não sei quem era pai ou era o filho
Sei que seu casco se decompunha
Nas jornadas das madrugadas frias
Como irmãos fizemos tudo com maestria
Até à água encanada aqui chegar
A inovação me fez te abandonar
Sem refleti numa BR qualquer fui te soltar
Hoje me sinto covarde, membro da categoria.
Quando necessitávamos da parceria
Para labuta fomos com alegria
Cumprindo nossa infeliz missão
A seca nos fazia carne e unha
Em troca d’água e eu te dava milho
Não sei quem era pai ou era o filho
Sei que seu casco se decompunha
Nas jornadas das madrugadas frias
Como irmãos fizemos tudo com maestria
Até à água encanada aqui chegar
A inovação me fez te abandonar
Sem refleti numa BR qualquer fui te soltar
Hoje me sinto covarde, membro da categoria.
Cobertos de poeiras
Lado a lado corta minha cidade
Seguindo para norte e pra o sul
Em repouso Contempla o céu azul
Ao lembrar que já foi novidade
Que minha Pedra Preta elevou
Agraciando nosso viver
Melhorando a vida de cada ser
Que entre fumaça o apito escutou
Hoje a ferrugem é sua companheira
E o cupim vizinho na madeira
Faz tempo que o trem passou
Pedra Preta espera por seu amor
Que partida ao meio a deixou
Só com os trilhos cobertos de poeiras
HOMENAGEM À BELA CIDADE DE PEDRA PRETA/RN
Seguindo para norte e pra o sul
Em repouso Contempla o céu azul
Ao lembrar que já foi novidade
Que minha Pedra Preta elevou
Agraciando nosso viver
Melhorando a vida de cada ser
Que entre fumaça o apito escutou
Hoje a ferrugem é sua companheira
E o cupim vizinho na madeira
Faz tempo que o trem passou
Pedra Preta espera por seu amor
Que partida ao meio a deixou
Só com os trilhos cobertos de poeiras
HOMENAGEM À BELA CIDADE DE PEDRA PRETA/RN
ASTRO RAINHA
Hoje o sol disse que não vai mais brilhar
Que meu mundo não quer percorrer
Falou-me que cansou de iluminar
Sem nada de mim receber
Chorei temendo o frio que vinha
Abracei meu corpo tentando aquecer
E vi o sol seguindo em sua linha
Contemplando o meu padecer
Pela primeira vez tive medo do escuro
E todas as luas eu não as quis ter
É do meu sol que preciso, eu juro.
Sem seu brilho não consigo viver
Quero a luz de seus raios puros
Somente com ele tem sentindo meu ser.
Que meu mundo não quer percorrer
Falou-me que cansou de iluminar
Sem nada de mim receber
Chorei temendo o frio que vinha
Abracei meu corpo tentando aquecer
E vi o sol seguindo em sua linha
Contemplando o meu padecer
Pela primeira vez tive medo do escuro
E todas as luas eu não as quis ter
É do meu sol que preciso, eu juro.
Sem seu brilho não consigo viver
Quero a luz de seus raios puros
Somente com ele tem sentindo meu ser.
Assinar:
Postagens (Atom)