Canudo ligando fruto e boca
E a água sugada era o assassino
Testemunhou meus olhos de menino
O Escudo de minha barriga oca
A sede alheia era nossa companheira
Cúmplice da fome a nos torturar
O palco, o comércio da dona do bar.
Reuníamos numa algarobeira
Os cocos bebidos rolavam pro lixo
Jogado por um consumidor qualquer
Disputados por donos de buchos vazios
Tornava um banquete pra tanto Zé
Armados de tampinhas de garrafas
Partíamos o coco, almoçávamos com fé.
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